28.2.09

A Margarida carnavalesca

Gerou alguma polémica o desfile de Carnaval em Paredes de Coura. Professores acusados, injustamente, de não quererem cumprir o plano anual de actividades, a associação de pais a criticar tão pedagógico quanto formador evento. Perante tais inverdades, chegou-me, através da colega Fernanda, um texto justificativo de como tudo se passou.
"Numa decisão do Conselho Pedagógico do Agrupamento de Escolas Território Educativo de Coura foi aprovada a suspensão de algumas actividades. Num total de 164 actividades que integram o Plano Anual de Actividades, foram suspensas cerca de 10. As actividades suspensas foram apenas aquelas que não interferissem com questões pedagógicas e curriculares nem com a formação geral dos alunos, pois são estes o cerne do sistema educativo e jamais poderiam ser prejudicadas. Convém salientar ainda que o Plano Anual de Actividades é, como o próprio nome indica, um plano. É uma previsão, não é um documento jurídico, pelo que, pode ou não cumprir-se pelas mais variadas razões. Mais, é aprovado pelo Conselho Pedagógico e ratificado pelo Conselho Geral, pelo que, sendo um dos documentos emblemáticos da tão falada autonomia das escolas, só a estes órgãos compete a sua alteração.
Ao longo destes últimos dias temos tido o (des)prazer de ler na comunicação social aquilo que a Associação de pais deste Agrupamento de Escolas tem vindo, numa atitude de pura má fé, a veicular:
foram suspensas todas as actividades.
A verdade é que foram suspensas cerca de 6% das actividades, num Conselho Pedagógico onde os Pais estão representados. Ou mentiram propositadamente ou então são pessoas com um coeficiente de inteligência tão diminuto, que não entenderam nada daquilo que o Conselho Pedagógico decidiu.
Aquilo que me espanta (a mim e a todos os professores deste agrupamento) é a importância dada ao desfile de carnaval! De facto é estranho que os Pais se preocupem com a participação no desfile de carnaval nas ruas da vila. Não é a comemoração do carnaval na escola (pois esta nunca esteve em causa), é a comemoração do carnaval na rua!
Os momentos que se seguiram são dignos de servirem para o guião de um filme ilustrativo do antigo regime:
Terça-feira à noite: A presidente do Conselho Executivo é informada por telefone que está proibida de prestar declarações à comunicação social.
Quarta-feira de manhã: a escola recebe um email da Directora Regional de Educação do Norte, num português de difícil compreensão, determinando a realização do desfile.
Quarta-feira à tarde: Chegam à escola 2 elementos do Centro de Área Educativa de Viana do Castelo e 3 elementos da Direcção Regional de Educação do Norte. Durante mais de 4 horas pressionaram o Conselho Executivo a convocar os Professores para participar no desfile de carnaval. O Conselho Executivo não cede, pois a decisão foi tomada pelo Conselho Pedagógico. Esta equipa de intimidação faz a proposta de ser pedido aos professores para participarem no desfile. O pedido é feito mais tarde aos Professores que não aceitam. Só participarão no desfile se forem intimados a tal pela DREN.
Quinta-feira à tarde: Volta à escola mais uma equipa de pressão, agora constituída por 6 elementos do Centro de Área Educativa de Viana do Castelo. Durante várias horas pressionam o Conselho Executivo. Informam que não saem sem uma resposta e não dão respostas quanto às consequências da não convocação dos Professores.
Não é difícil perceber o que se passaria se o Conselho Executivo não convocasse os Professores para participar no desfile. Aquilo que a DREN não teve coragem foi fazer ela mesma a convocatória. O que vai acontecer é que os Professores deste Agrupamento vão participar no desfile pois estão solidários com o Conselho Executivo, no qual têm um imenso orgulho. E não vão só os professores que foram “obrigatoriamente” convocados. Os outros vão também. Vamos todos.
Afinal, o importante para a qualidade da educação no nosso país são os desfiles de carnaval.
E não me venham dizer que há aqui interesses políticos! Por favor! Portugal é uma democracia! Ou não!? "
Armando Lopes – Professor – Paredes de Coura

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22.2.09

Porque hoje é domingo

Ocupado com a correcção de testes, deixo-vos apenas com a habitual rubrica dos domingos.
"Depois de me divorciar, estive um ano e meio sem sexo. Foi estranho, até porque no meu trabalho transmito uma enorme carga sexual."
Dita von Teese, artista

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21.2.09

O senhor Santos Silva

O ministro Santos Silva é, talvez, o exemplo mais perfeito da arrogância deste governo. Várias vezes tem recorrido a uma linguagem menos própria no debate político e tem produzido afirmações ofensivas para os seus adversários políticos. Depois de ter afirmado que o PS gosta de "malhar na direita", ainda por cima para se referir ao PC e ao BE, veio agora a terreiro, qual virgem ofendida, exigir desculpas à RTP por esta estação de televisão ter utilizado essa expressão para publicitar uma sua entrevista.
Começa a faltar paciência para aturar estes políticos de meia tijela.

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Que Deus?

Numa época de crescente contestação a Deus, até os autocarros aderem à moda e apelam ao ateismo, mais ou menos militante. Daí que considere pertinente a crónica do padre Anselmo Borges, hoje, no DN.
"Quando se fala de Deus, a questão nuclear é saber de que Deus é que se fala. Que se quer dizer quando se diz Deus?O mais comum é associar Deus ao poder. Deus deve ser, antes de mais, a omnipotência. Deus deve ser infinitamente bom e poderoso, mas sobretudo poderoso. No entanto, a mística Simone Weil, cujo centenário do nascimento se celebra este ano, preveniu: "A Verdade essencial é que Deus é o Bem. Ele só é a omnipotência por acréscimo." Por isso, "é falsa toda a concepção de Deus incompatível com um movimento de caridade pura". Afinal, a revelação de Cristo é essa: Deus é puro amor. O escândalo: "Eu não vim para ser servido, mas para servir."

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20.2.09

A Frase

«A demissão do dr. Dias Loureiro do Conselho de Estado excede a competência do dr. Cavaco».
Vasco Pulido Valente, no Público

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Futebol e política

Elisa Ferreira, candidata independente (???) à Câmara do Porto, proposta pelo PS, como não consegue sozinha, pede ajuda ao homem da fruta e do chocolate com leite.
Fernando Madureira, o líder dos Superdragões, também estaria na sala ou passeava de porshe pela cidade?

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Mais uma...

Em tempos do governo de Guterres houve um ministro que se demitiu ao fim de alguns dias por um problema semelhante a este. Mas agora os tempos são outros...de campanha negra e forças ocultas...
Ler a notícia no jornal Público.

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19.2.09

12 graus Celsius - Esen - Viseu

aqui se deu conta duma iniciativa dos alunos da turma C do 12º ano, da Escola Secundária de Emídio Navarro, inserida na Área de Projecto - 12 graus Celsius. Hoje deixamos o video com entrevista à professora responsável e a alguns alunos da turma.

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Avaliação de Professores

Para aqueles que seguem mais de perto este folhetim da avaliação de desempenho dos professores, a notícia hoje vinda a público não admira. Contas feitas, um professor pode vir a perder 174 mil euros se se mantiver este sistema de avaliação. Mas então o sistema simplex não tem subjacente uma avaliação formativa? Não era isso que apregoava a ministra e os seus lacaios?

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É Carnaval !

O velho aforismo, No Carnaval, ninguém leva a mal, parece que está a ser alvo de uma campanha negra. Segundo a organização do evento, em Torres Vedras, o primeiro acto de censura depois do 25 de Abril consumou-se. Tudo por culpa de um computador. Leia a notícia aqui.

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17.2.09


No último trimestre de 2008 a taxa de desemprego subiu para 7.8%. Perante os factos, o primeiro-ministro veio declarar que eram "números animadores."
É só confrontar estas afirmações com as proferidas em 2005, antes de subir ao poder.

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O inefável Manuel Alegre

Manuel Alegre considera-se a reserva moral do PS. Por isso, de quando em vez, produz afirmações que sabe terem impacto na comunicação social. Agora, afirmou que
"Era bom que o PS percebesse que o que está em causa não é salvar o modelo que faliu mas sim construir soluções alternativas novas".
Eu acho que Sócrates agradece. Afinal, sempre dá um ar de "esquerda" ao partido. Sócrates saberá, no momento oportuno, tirar divendendos políticos de tais afirmações. Quem se descedibiliza é o próprio Alegre. Sem ter coragem para romper com o partido, mantém-se numa espécie de limbo, nem é carne nem peixe. E a esperança de ser o candidato presidencial oficial do PS ainda não morreu.

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16.2.09

Avaliação de professores

Apesar dos mails intimidatórios que os professores recebem do ministério da educação, a luta contra o modelo de avaliação proposto não esmorece. Hoje, em várias cidades do país, plenários e manifestações deram conta da persistência da luta dos docentes. Conforme se pode ler na edição do Público.

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Ele há cada uma...

Valerá a pena ler a entrevista da senhora Jane Cottingham no jornal Público de hoje. Fixem esse nome. A dita senhora trabalha na Organização Mundial de Saúde e faz afirmações verdadeiramente assombrosas. Refere a senhora "que, nos últimos oito anos, o que mais dificultou a saúde sexual e reprodutiva foi a administração Bush."

É de se lhe tirar o chapéu! Com uma sumidade destas, o mundo está salvo. Questionada sobre os países mais progressistas em matéria sexual e reprodutiva, cita o Brasil, a Índia e a África do Sul.

Não há pachorra para aturar tanta imbecilidade!

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15.2.09

Porque hoje é domingo

"Não existe nenhuma mulher que não olhe para o próprio traseiro antes de sair de casa."
Kate Winslet, actriz

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14.2.09

A propósito da efeméride...


Ternura


Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...


Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...


Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...


Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!


David Mourão-Ferreira, in "Infinito Pessoal"

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13.2.09

A frase

"Não nos podemos esquecer da verdade comezinha: nas 'democracias', os chefes dos governos, presidentes da república, ministros e secretários de Estado são servidores do povo. Por outras palavras, Brown, Sarkozy, Zapatero e Sócrates trabalham para nós".
Nuno Rogeiro, "Jornal de Notícias"

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Coincidências...

Como se sabe, por iniciativa de um professor, foi pedido um parecer jurídico ao advogado Garcia Pereira. Para dar a conhecer as conclusões do mesmo, foi marcada uma conferência de imprensa para o dia de hoje, pelas 14 horas. Pois não é que a fenprof marca também uma conferência de imprensa para o mesmo dia, uma hora mais tarde...
À mulher de César não basta ser séria, é preciso parecê-lo...Os sindicatos precisam de meter na cabeça uma coisa: não são donos dos professores e não podem nem devem ver em iniciativas como esta, uma afronta e uma ataque ao sindicalismo. Nesta luta de professores, tenho para mim que foram os professores que, nas escolas, souberam interpretar o que estava em jogo. Os sindicatos, a maioria das vezes andaram a reboque.

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12.2.09

Livro do Desassossego

Já me cansa a rua, mas não, não me cansa - tudo é rua na vida. Há a taberna defronte, que vejo se olho por cima do ombro direito; e há os caixotes defronte, que vejo se olho por cima do ombro esquerdo; e, no meio, que não verei se me não voltar de todo, o sapateiro enche de som regular o portão do escritório da Companhia Africana. Os outros andares são indeterminados. No terceiro andar há uma pensão, dizem que imoral, mas isso é como toda a vida.
Cansar-me a rua? Canso-me só quando penso. Quando olho a rua, ou a sinto, não penso: trabalho com um grande repouso íntimo, metido naquele canto, escriturantemente niguém. Não tenho alma, ninguém tem alma - tudo é trabalho na casa larga. Onde os milionários gozam, sempre no estrangeiro deles, também há trabalho, e também não há alma. Fica de tudo um ou outro poeta. Quem me dera que de mim ficasse uma frase, uma coisa dita de que se dissesse, Bem feito!, como os números que vou inscrevendo, copiando-os, no livro da minha vida inteira.

Nunca deixarei, creio, de ser ajudante de guarda-livros de um armazém de fazendas. Desejo,com uma sinceridade que é feroz, não passar nunca a guarda-livros.


Fernando Pessoa/Bernardo Soares, in Livro do Desassossego

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11.2.09

Palestra " Universo, Sistema Solar"

Aspecto da assistência

Outro momento da palestra



O Prof. Dr. João Fernandes durante a sua exposição


Inserido no ciclo de conferências levado a cabo pelos alunos do 12º C, no âmbito da Área-Projecto, realizou-se, ontem, a conferência "Universo, Sistema Solar - a utopia de atingir o inatingível." Com a sala Multiusos da Escola repleta de alunos e professores, o Prof. Dr. João Fernandes prendeu a assistência com um discurso acessível sem deixar de ser rigoroso. Começou por colocar o problema do estudo da Astronomia por esta lidar com "objectos" que não estão ao nosso alcance, por lidar com o inatingível. Daí ter afirmado que, sobretudo nos últimos cem anos, estamos a estudar um Universo já com 130 milhões de anos.
"Conhecemos um instante do Universo."
Como estudar astros que se encontram a milhões de quilómetros e existem há milhões de anos, foi outra das questões levantadas. E aqui referiu a importância da luz. Através da espectroscopia, o homem não só pode medir distâncias, como medir o tempo e estudar a composição química desses astros.
Procura-se, portanto, determinar evidências de vida noutros sistemas solares. Esse o papel da Astronomia, bilhete para o sonho e a utopia.
Por fim, salientou a importância do Ano Internacional da Astronomia cujo sítio pode ser consultado aqui.

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Parecer de Garcia Pereira

Numa primeira análise ao parecer sobre a avaliação de professores, o advogado Garcia Pereira considera os dispositivos legais feridos de inconstitucionalidades. A luta contra este modelo de avaliação pode e deve assumir várias frentes. Uma delas é a batalha jurídica. A notícia pode ser lida no jornal Público.

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10.2.09

Ainda o "massacre" de uma Escola palestina

aqui se referiu a falsidade de uma notícia posta a circular nos recentes confrontos entre os israelitas e os radicais palestinianos. Hoje é a própria organização das Nações Unidas a confirmá-lo. Depois disto, espera-se:
- que os telejornais abram com este desmentido;
- que Daniel Oliveira e Miguel Portas encabecem uma manifestação de desagravo às autoridades israelitas;

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O caso BPN

A gente já desconfiava que o caso BPN era caso de polícia. Mas este ex-administrador veio clarificar as coisas, hoje, na Assembleia da República.
"Pelos números que já ouvimos aqui falar, estamos perante uma mega-fraude e, acima de tudo, é um caso de polícia."
Ler mais aqui.

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Sócrates, o ilusionista

Mário Crespo, em crónica no Jn, questiona os pressupostos da campanha negra...

"Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo."
Ler o texto todo no sribd.


Está_bem...

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9.2.09

Área-Projecto -12º C

(clique na imagem para aumentar)
No âmbito da Área-Projecto, a minha direcção de turma, 12º C, sob a coordenação e dinamização da respectiva docente, Graça Martins, leva a efeito um conjunto de conferências de que se dá conhecimento. O primeiro orador será o Prof. Dr. João Fernandes que abordará o tema "Universo, sistema solar". Num próximo post, daremos nota das principais conclusões desta primeira palestra.

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8.2.09

O "massacre" de Israel a uma escola palestina

Alberto Gonçalves, assertivo como quase sempre, em crónica no DN.

"Em Janeiro passado, o mundo indignou-se com o mortífero ataque das tropas israelitas a uma escola da ONU em Gaza. Agora, após breve investigação de um jornal canadiano, a ONU discretamente admite que a escola nem sequer foi atacada. Nada de novo. Em cada conflito armado entre Israel e os seus amáveis vizinhos, há sempre um punhado de "massacres" que, assente a poeira, se revelam inexistentes. O exercício alimenta a propaganda de organizações terroristas, a busca dos "media" por sangue palestiniano, o próspero anti-semitismo global e, naturalmente, a agenda da ONU, neste particular parte envolvida, ainda que de modo imaginário.Claro que o envolvimento da ONU com os bandos criminosos da região não é apenas ficcional. Para não sairmos de Gaza (salvo seja), é tocante a facilidade com que membros do Hamas circulam pelas instalações das Nações Unidas no território, convertendo-as em arsenais, postos de combate ou, nos momentos de sossego, salas de conferências subordinadas ao tema "A Urgente Extinção de Israel". Fora de Gaza, a essência da ONU exprime-se por exemplo no seu Conselho dos Direitos Humanos, que possui a divertida característica de ser maioritariamente constituído por tiranias e cujo trabalho consiste em produzir "resoluções" contra Israel (cerca de 80% das aprovadas). Ou, também a título de exemplo, no seu presidente da Assembleia Geral, o qual, em observância à emérita tradição do cargo, é actualmente um padre maluco e comunista, que desfila em público a sua amizade pelo presidente do Irão e o seu nojo ao "estado hebraico". A ONU, instituição democrática que integra jurados inimigos da democracia, é isto. Se calhar não seria justo exigir que fosse outra coisa, nem esperar que gente séria a levasse a sério. A máxima é velha: brincar com os porcos suja-nos a todos, mas os porcos gostam."

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Porque hoje é domingo

"Mas por que é que os homens têm mamilos? É uma coisa que não entendo!"

Scarlett Johansson, actriz

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A salvação do povo

Foi ontem, em Coimbra. Sócrates apresentou as duas medidas emblemáticas para resolver a crise: casamento entre homossexuais e a regionalização. Em nome da esquerda do povo. É isso mesmo que o povo espera. Nas aldeias e vilas recônditas do rectângulo, formam-se bichas à porta do registo civil . A repressão acabará certamente. Para quem há uns meses votou, na Assembleia da República contra uma proposta de legalização desse tipo de união, a demagogia e o oportunismo andam de mãos dadas. Como Louçã lançou a metáfora desviante do casal de coelhos a copularem na cova, Socrates faz bem em ocupar-lhe o espaço.
Quanto à regionalização, seria o passo em frente para o abismo. Mas acredito que esses boys que procuram um qualquer lugar nas cadeiras do novo poder esfreguem as mãos de contentes. Depois dos compadrios e jogos de influência que se verificam a nível autárquico, uma nova estrutura política resolverá certamente os problemas de muitos militantes socialistas, mas não os do país.

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7.2.09

Avaliação de professores

Na cadeira do poder, a ministra da educação mantém a teimosia. Insistindo num modelo de avaliação incongruente, a lesma quer, daqui a uns dias, afirmar que venceu. Nem que seja uma vitória de Pirro. Mesmo que seja cada vez maior a oposição a este modelo, conforme se comprova por esta notícia.

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A metáfora dos coelhos...

E na Convenção do Bloco de Esquerda, Louçã surpreende com a metáfora dos coelhos.

"Alguém já viu o capital a produzir? Imaginem dois coelhos numa cova, de certeza que vão sair coelhinhos, mas se puserem duas notas de cem euros, imaginam que vão sair notas de vinte? O capital nada faz. Agora é tempo de devolverem a quem deu a sua vida ao trabalho."

Nesta ternurenta imagem, não sei o que mais destacar; se a cópula das notas de cem euros, se o fogoso apetite sexual dos coelhos. Uma certeza eu tenho: para quem defende causas fracturantes, como o casamento entre homossexuais, a metáfora pariu um rato.

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5.2.09

Humor...

Dizem os Americanos:
"We have BARAK OBAMA, Stevie Wonder, Bob Hope and Johnny Cash."

Respondem os Portugueses:
"We have José Socrates, No Wonder, No Hope and No Cash."

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Campanha negra

Desta vez a campanha negra e as forças ocultas estão no próprio partido socialista. Edmundo Pedro afirma que
Já uma outra militante socialista, Ana Benavente, veio dizer que Sócrates deve explicações sobre o caso Freeport. A notícia pode ser lida aqui.
Espera-se, a todo o momento, uma conferência de imprensa de Santos Silva. Para malhar.

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4.2.09

Cuba e a liberdade de opinião

Afinal o tempo está nublado em Cuba, esse paradigma proto-comunista. O sol há muito que deixou de brilhar para uns quantos. Segundo as Nações Unidas, existem 205 presos políticos na ilha, 23 dos quais jornalistas, muitos deles com penas de prisão que vão dos catorze aos vinte e sete anos.
A notícia pode ser lida aqui.

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Avaliação de professores - E agora?

Na minha Escola, encerra amanhã o prazo estabelecido para a entrega dos Objectivos Individuais, procedimento decorrente da avaliação de professores. Eu já decidi pela não entrega dos mesmos. Muitos professores, sobretudo os contratados, os que se encontram em início de carreira ou os que pertencem a grupos em que os chamados horários zero são uma realidade, revelam apreensão e receiam o que pode advir da não entrega dos objectivos individuais. Mesmo aqueles que estiveram, desde a primeira hora, contra este modelo de avaliação. E esses receios são justificados ou ampliados pelo clima de incerteza, de pressões , de boatos que se ouvem aqui e ali. Com um ministério da educação que agisse de boa fé, seria expectável que essas dúvidas fossem esclarecidas e todos soubessem as consequências dos procedimentos adoptados. Mas este ministério não está interessado nisso, antes lhe interessa daqui a uns dias, afirmar que uma percentagem favorável de professores tenha iniciado este modelo simplex de avaliação. Por isso, joga na chantagem e no medo instalados. De qualquer modo, deixo a ligação para o sítio da fenprof onde se pretende dar resposta a tantas dúvidas suscitadas.

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3.2.09

Paciências

"As tias velhas dos que as tiveram, nos serões a petróleo das casas vagas na província, entretinham a hora em que a criada dorme ao som crescente da chaleira[...] a fazer paciências com cartas. Tem saudades em mim desse sossego inútil alguém que se coloca no seu lugar. Vem o chá e o baralho velho amontoa-se regular ao canto da mesa. O guarda-louça enorme escurece a sombra, na sala de jantar apenumbrada. Sua de sono a cara da criada lentamente por acabar. Vejo isso tudo em mim com uma angústia e uma saudade independentes de ter relação com qualquer coisa. E, sem querer, ponho-me a considerar qual o estado de espírito de quem faz paciências com cartas."

Fernando Pessoa/Bernardo Soares, Livro do Desassosssego

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2.2.09

Uma Escola....Um bom exemplo

Aqui está um bom exemplo de como resistir nas Escolas.
Aceito o repto de lhe dar notícias sobre a «coisa» na minha escola. O prazo para a entrega dos OI terminou na 6ª feira (30 Janeiro): nenhum professor o fez. É isso, ninguém entregou os objectivos individuais. O clima de escola está óptimo (se descontarmos o facto de se congelar nas salas de aula e de vivermos num país com Freeports e coisas do género…). Não porque sejamos melhores que todos os outros, nem tão pouco mais unidos ou corajosos. Apenas porque fizemos um pacto: em nome da tranquilidade que precisamos para levar até ao fim, da melhor maneira e a pensar nos alunos, este ano lectivo, ninguém sairá (mais) prejudicado disto. Se e quando tiver que ser, eu própria, no estrito cumprimento dos meus deveres, definirei os objectivos individuais para cada um dos professores e procederei à sua avaliação. Não haverá notificações de incumprimento da entrega dos OI, nem a assumpção de consequências na carreira, nem listas de professores «prevaricadores» na DREL. Eu tenho o dever de avaliar os professores, os professores têm o dever de entregar a sua auto-avaliação: é isto que a lei dita, é isto que será cumprido. Parece-me bastante simples (simplex à parte, bem entendido).
Um abraço,

Rita Sammer

–Presidente do Conselho Executivo [Esc. Secundária Madeira Torres

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Jerónimo de Sousa, Cavaco Silva e o Freeport

Desde que rebentou o caso Freeport, os partidos políticos têm sabido gerir os acontecimentos com alguma reserva e evitando, para já, tirar dividendos políticos. Também o Presidente da República, questionado sobre o caso, afirmou que se trata de um "assunto de Estado." Isto é, se tem alguma observação a fazer a Sócretes, fá-la-á nos encontros privados que com ele mantém ou por outros canais apropriados. Mas também não deixou de, com a expressão utilizada, dar-lhe a importância que o assunto merece. O país não pode nem deve ter a chefiar o governo alguém sobre quem recaiam dúvidas sobre actos praticados que indiciem ilícitos criminais. Não é, portanto, um mero caso de justiça. O caso tem repercussões políticas que não devem ser escamoteadas. É neste contexto que não percebo a preocupação de Jerónimo de Sousa ao pretender que o Chefe de Estado esclareça o sentido da expressão utilizada. O secretário-geral do PCP sabe muito bem que assuntos desta gravidade, que envolvem órgãos de soberania, devem ser tratados com alguma parcimónia. Ou quererá, com isso, Jerónimo de Sousa que seja o Presidente da República a iniciar as hostilidades?

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