29.12.17

MÁRIO CENTENO SUPERSTAR

A eleição do Ministro das Finanças Mário Centeno para Presidente do Eurogrupo foi saudada como grande conquista pessoal e do governo do Partido Socialista.
O feito essencial do Ministro foi colocar o défice orçamental abaixo dos 3% do PIB, e, portanto, retirar Portugal do "Procedimento de Défice Excessivo" imposto pela Comissão Europeia.
Impõe-se perguntar: como ficou Portugal sujeito ao Procedimento por Défice Excessivo"?
Porque em 2010, no governo socialista de Sócrates, Portugal teve um défice orçamental de 11%.
Exato: 11%, ou seja, a caminha da bancarrota.
Logo, o trabalho mais difícil foi baixar o défice desses 11%, trabalho impopular ( e não  anti popular, coisas absolutamente diferentes) do Governo PSD/CDS, que foi obrigado a cumprir o memorando da Troika, que nos emprestou setenta e oito mil milhões de Euros.
Vamos então falar de Mário Centeno. Como pessoa, é arrogante, velhaco, birrinhas, e ruim.
Lidando com milhares de milhões de Euros do Orçamento Português, Centeno suspendeu a transferência de cinco milhões de Euros para o Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa em 2017!
Escrevi bem: cinco milhões de Euros!!!
Não contente com este gesto magnânimo, não isentou de IMI os proprietários das casas ardidas nos incêndios trágicos deste ano.
Ou seja, os donos pagam IMI das casas que arderam e perderam! 
Só estas duas decisões demonstram o desprezo, cinismo e desdém que a geringonça e o governo socialista em especial a demonstram pelos seres humanos mais frágeis e necessitados. 
Sim, porque havia maneira de chamar a atenção do ministro para estes atos execráveis, embora fossem da sua competência.
E há mais.
Para obter a todo o custo défices baixos, determinou a cativação/corte de verbas para os hospitais. Ou seja, embora o dinheiro estivesse previsto e aprovado em Orçamento, ficou "cativo", suspenso, até decisão do ministério das finanças a pedido dos Centros Hospitalares.
Conclusão, a qualidade dos serviços de saúde baixou de forma drástica, desde a qualidade e quantidade das refeições até, por exemplo, às almofadas para os doentes ( sei de casos asquerosos...) e, muito provavelmente, problemas com medicamentos e material para atos de saúde.
Sem escrúpulos, Centeno sacrificou a qualidade e talvez a vida de doentes para obter reconhecimento internacional.
Inadmissível, vergonhoso...e ainda temos que aturar a intoxicação do fim da austeridade e da preocupação social com os mais desfavorecidos... 
Centeno, e outros responsáveis, deveriam responder em tribunal pelos danos físicos e morais provocados por estas decisões abomináveis, como já alertáramos no âmbito dos incêndios.
Veremos se a vaidade e ruindade de Centeno desaparecem com o exercício deste cargo mais formal do que executivo.

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